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COMUNICAÇÃO LIVRE: AUTÔNOMA, NÔMADE E AMBULANTE

sábado, 10 de março de 2012

YANOMAMI: OS FILHOS DE HORONAMI



Terra Indígena Yanomami – Amazônia Brasileira, de 22 a 28 de novembro cerca de 100 lideranças indígenas do povo Yanomami de diversos xaponos do Amazonas, estiveram reunidas para debater e encontrar soluções referentes às diversos temas que preocupam o povo. A II Assembleia dos Yanomami do Amazonas, aconteceu no Xapono Bicho-Açu, no Rio Maraiuá, no município de Santa Isabel do Rio Negro. A assembleia foi uma verdadeira confraternização, marca da expressiva cultura desse povo de recente contato, com uma história de luta e resistência, exemplo para todos os povos. Awei Parente!!

Um grande ritual marcou a abertura do evento. O Praiai é uma manifestação aonde os visitantes e anfitriões se apresentam, correndo no pátio central, em volta da aldeia, exibindo para os moradores e para si, suas armas, pinturas e, sobretudo, coragem. Em seguida, acalmado os ânimos, os principais Tuxauas e lideranças Yanomami fizeram o Wayamou, uma conversa ritmada em língua materna que narra as notícias das diversas comunidades que participam da Assembleia.

O povo Yanomami se diferencia substancialmente dos demais povos indígenas da América do Sul. Linguisticamente se divide em quatro grupos: Sanumá, Yanomami, Ninam e Ajarani / Yanomae.

Mesmo semi-nômades no seu Wayumi Rokei, atividade de deslocamento coletivo, em acampamentos de verão, praticam a agricultura de coivara, caracterizada pela derrubada, queima e plantio, também conhecida em algumas regiões como Roça de Toco. Habitantes de uma região de serras ao norte da Floresta Amazônica, divisa com a Venezuela, cobiçada por pescadores, caçadores, garimpeiros e extratores de piaçaba e cipó Titica.

No lado brasileiro, o território Yanomami, com uma extensão de 9.664.980 km se espalha pelos Estados do Amazonas e de Roraima, formando a sétima maior população indígena do país, com cerca quase 20.000 indivíduos, distribuídos em mais de 200 comunidades.



A ASSEMBLEIA DOS YANOMAMI – Surgiu como uma iniciativa do povo Yanomami do Amazonas, especialmente do Rio Marauiá, em parceira com organizações não governamentais que atuam na área. A assembleia veio com o intuito de marcar um posicionamento Yanomami diante de questões muito sérias como a reestruturação da FUNAI, o atendimento à Saúde Indígena e a FLONA em sua sobreposição ao território indígena.

Após ser dado início à Assembleia, foi discutida a pauta, na qual a primeira demanda foi sobre a educação, com a participação dos convidados da SEDUC – Secretaria Estadual de Educação, Missão Salesiana, Novas Tribos, Rios Profundos e Secoya – Serviço e Cooperação com o Povo Yanomami.

Os responsáveis pelas organizações puderam falar a respeito dos trabalhos desenvolvidos em parceria com o povo Yanomami. Muitas queixas foram feitas à SEDUC, pela falta de reconhecimento da Escola Yanoamami, baseada no processo de educação escolar diferenciada, além da falta de material e merenda escolar. Para a liderança maior do povo Yanomami, Davi Kopenawa, a escola é importante para aprendermos mecanismos que possam denunciar as invasões ao Território Yanomami. “Quando era criança não estudei, ia caçar. Hoje, a escola existe. O governo não aparece. Apesar de 3 poderes em Brasília, eles não respondem. Nós aprendemos português. Yanomami querem escola, mas o governo não responde, engana. Apesar de haver escolas, são podres, não chega merenda, apesar de se chamar escola, em muitos xapono a escola é ruim. N.ós lutamos muito, temos de falar muito, o governo não escuta, não responde. Nós queremos escola para defender nossa floresta, nossa língua, nossa cultura”, disse.

A referência de aprendizado para o povo Yanomami ultrapassa as paredes de uma escola formal. O aprendizado é imaterial, e segue uma dinâmica natural. O irmão mais velho ensina o irmão mais novo como saber viver. As lideranças atuam para que o Estado brasileiro garanta o que é de direito para todos os povos, uma educação digna, específica e diferenciada, que possa atender os anseios dos Yanomami, nessa relação com a sociedade nacional.

De acordo com o professor Py Daniel do Instituto de Pesquisas da Amazônia, INPA, “a educação indígena é algo que ocorre naturalmente na sociedade, opondo ao termo educação escolar indígena que seria o modelo educacional, onde a escola padrão é adequada à realidade indígena. Não existe essa oposição entre os termos. Exemplificando, sol e lua fazem parte de um sistema solar e não se opõem, assim é a educação a partir destes termos”.

A SECOYA desenvolve um trabalho de educação junto aos professores Yanomami. Atua na região desde o início dos anos 90, no campo da saúde, educação diferenciada, desenvolvimento sustentável e apoio ao processo organizativo do povo Yanomami.

Para Silvio Cavuscens, coordenador geral da entidade, através da educação um povo constrói sua história e o trabalho do governo é viabilizar a escola indígena Yanomami conforme eles próprios assim a desejarem. “No Brasil durante muito tempo o governo não se preocupou com a possibilidade do povo indígena ter uma escola diferenciada. Com a luta dos povos indígenas, em 1988 pela Constituição Brasileira, esta realidade mudou. Então pela primeira vez o povo indígena tem o direito de construir seus conceitos próprios, sua escola própria.

Segundo ele, a educação diferenciada não deve ser uma escola rural maquiada de umas “pinceladas” de cultura indígena. Ao contrario, é o direito dos povos indígenas expressarem sua cultura. “O Estado e o Governo Federal tem a obrigação de trabalharem para reconhecer a escola diferenciada indígena nos moldes que os indígenas querem. O problema no Brasil é que muitas vezes a lei não está devidamente aplicada”, denunciou.

A vida no Xapono - Enquanto a assembleia seguia com a legitimidade dos depoimentos, a vida no xapono continuava quase que inabalável. As crianças com seu ofício de brincar - vez por outra desligavam o gerador da Assembleia - as mulheres sempre atarefadas corriam com seus pacarás na cabeça, cheios de mandioca, pupunha e açaí, quando não, estavam compenetradas na arte de fazer cestaria.

Enquanto isso, os pajés, os grandes detentores dos segredos do Paricá, praticavam seus rituais de cura em pleno calor Amazônico. “O poder da floresta inalado é o caminho para novos ensinamentos, diz Mateus Yanomami, enquanto preparava mais uma generosa porção para seu uso.

Shhhhi, toó ! Lá vai Mateus, para o pátio do Xapono, com as mãos voltadas para cima fazendo sua oração para Omama, o deus criador.

FLORESTA NACIONAL DO AMAZONAS - Na assembleia também foi discutida a questão da Floresta Nacional do Amazonas, uma unidade de conservação ambiental e manejo, em sobreposição à Área Indígena. A grande questão da FLONA é que ela abre espaço para atividades produtivas e extração de produtos da floresta, o que contraria os princípios de preservação.

Cerca de 96% da FLONA está dentro do Território Yanomami. Para as lideranças presentes, a criação de um conselho que regulamente a criação e implementação da FLONA deve ser combatido, tendo em vista que a FLONA abre espaço para a intervenção de não indígenas na gestão desse território. “Criar novamente a Flona na nossa terra não é bom. ICMBio deixa bem claro para nós que não está respeitando nossa terra Yanomami. Quando reconhecerem era o dever deles. Os garimpeiros mataram 16 Yanomami, isso me revoltou. Eu era amigo do Chico Mendes. O governo sempre mexe conosco. Já houve muitas lutas, sofri, apanhei com as autoridades, faziam promessas. Por isso eu sou contra a existência da Flona. A FLONA não vai proteger nada, vai criar problemas. O ICMBio tem que consultar a COIAB, ISA, Yanomami, Hutukara, AYRKA, FOIRN para que possamos acreditar. Somos já velhos, não somos pedras, nossa vida é curta. Vocês voltam para Brasília, fazer no jornal oficial, mandar convites para as organizações e sentar junto com FUNAI. Nossa vida vale mais que ouro, que o dinheiro”, afirmou Davi Kopenawa.

SAÚDE INDÍGENA - A precariedade no atendimento à saúde indígena é uma realidade comum aos diversos xaponos da região. O agravamento dos indicadores de saúde com o aumento da malária, infecções respiratórias agudas, problemas de pele, uma água comprometida por não haver poços artesianos, aumentaram o número de óbitos. A falta de estrutura dos postos de saúde, o despreparo dos profissionais, a ausência de medicamentos e instrumentos específicos contribui para um quadro muito preocupante que está instalada a SESAI. As lideranças deixaram claro, em documento, o desejo em criar um subdistrito de saúde que possa atender exclusivamente os Yanomami do Amazonas. Hoje o atendimento do DSEI-Y é vinculado à administração em Roraima. As lideranças destacaram que um subdistrito deve ser instalado na cidade de Santa Isabel do Rio Negro. “Ficaremos satisfeitos se nossa reinvindicação for atendida, esperamos que a SESAI possa nos atender. A SESAI precisa está mais perto dos Yanomami para saber das nossas dificuldades”, afirmou a liderança Julião Yanomami, da comunidade do Kumixipywei.

“Não tenho medo de falar, sou tuxaua de Ixima. Os profissionais não vêm até o xapono. Não tem técnico no posto de Saúde. Não gostam de nós. Não manda doutor, dentista e ficamos sem condições. Existe somente o nome SESAI. Não manda remédios regularmente e as crianças ficam doentes sem condições de boa saúde. O bote da SESAI sempre passa direto sem parar. Eu quase quebro o bote deles. Por causa disso, não tenho medo do pessoal da saúde, vou prender motor e voltarão beirando. Nós tuxauas não podemos ter medo e podemos falar de perto. Eu vejo no fundo do pensamento do SESAI: “A gente não vai fazer nada”. Então estou com vontade de bater neles”, protestou o Tuxaua Mário, liderança tradicional da comunidade Ixima. Na oportunidade foi confirmado o nome de Otávio do Bicho-Açu para Conselheiro do CONDISI, com indicações para ocupar a presidência, e também foi escolhido para a vaga de suplente pelo rio Marauiá, Soriano Yanomami da comunidade Balaio, eleito por unanimidade.

FUNAI E A FRENTE DE PROTEÇÃO – Os Yanomami tem um contato com a sociedade nacional muito recente. Há cerca de 60 anos atrás, esse povo vivia livre, autônomo, dependendo única e exclusivamente da Grande Mãe Amazônia. O recente contato forçou que o órgão indigenista oficial, a FUNAI, adotasse um posicionamento diferenciado com relação a esse povo. Por isso foi criado a Frente de Proteção Etnoambiental Yanomami, para lidar exclusivamente com as demandas desse povo. Na ocasião, um funcionário da FUNAI de São Gabriel da Cachoeira, Luiz Pereira, explicou um pouco mais sobre o processo das CTL’s, e como a FUNAI vem desenvolvendo o seu papel na região. É claro, sobre muito descontentamento da grande maioria dos presentes. Segundo o servidor, “Há 3 ou 4 anos a FUNAI está passando por uma reestruturação. Significa mudanças. É como se a FUNAI estivesse dormindo e de repente acordou. Seu pensamento também mudou”.

Sobre a FUNAI os Yanomami fizeram muitos questionamentos, em especial, sobre a criação de uma sede, uma casa de apoio em Santa Isabel do Rio Negro, tem em vista as dificuldades de deslocamento até a FUNAI de São Gabriel da Cachoeira. “Nova Funai chegou à nossa assembleia. Nós somos Yanomami do Marauiá que andamos em Santa Isabel. Onde dormimos ficamos com medo. Não é nossa casa. Os pescadores trabalham perto e dizem que atrapalhamos. Como pensa Funai sobre nós? Por que vocês deixam sofrer os Yanomami?” perguntou Jorge, liderança do Kona.

Um caso muito importante também foi apresentado na assembleia. Os participantes puderam conhecer o drama dos Yanomami do Momohiteri, um grupo que vive em situação de isolamento na Amazônia Venezuelana. São parentes do grupo Kona, que vive nas cabeceiras do Marauiá, os quatro Momohiteri presentes, desejam vi morar perto do rio, fugindo das doenças e do isolamento das montanhas que é a morada dos espíritos, como eles acreditam. Em um discurso muito emocionado, Roni comoveu a Assembleia, em um momento de reflexão lembrando a verdadeira peregrinação do povo Yanomami em busca de melhores condições. Apesar de quererem ficar na floresta, reconhecem que o isolamento já não é tão bom, pois a doença do homem branco já chegou. E quando retornarem para casa, os Momohiteri, possivelmente, podem levar a malária consigo, pois já se registra muitos casos na região do Marauiá. “Vim de lá porque quero saúde para meu povo. Nessa assembleia não vim à toa, falo para meu irmão mais velho (Kona). Minha vontade é de morar na beira desse rio Marauiá com meu irmão. Por isso não quero continuar sofrer. Quero que todos me ouçam, porque sou o último grupo que vai descer até a margem do rio Marauiá. Vocês discutiram sobre educação e quero falar sobre isso também. Sou chefe e não tenho medo de falar. Vocês já conhecem o mundo dos brancos, e vocês os brancos, quero o apoio de vocês. Olho para minhas crianças e tenho compaixão para elas. Nós estamos dentro do mato, bem distantes do rio e nossa vontade é de voltar sempre aqui. Meu irmão mais velho está escutando, porque estamos morando muito distante há muitas doenças, queremos morar na beira do rio. Vocês meus parentes que nos convidaram para ficar mais perto, achamos bom, porque onde estamos não tem condições de atendimento. Por causa do convite, vamos descer. Por isso, não queremos demorar muito aonde estamos morando. Para ficarmos de boa saúde, quero que vocês mesmos nos ajudem. Antes de morar naquele local, tem montanhas muito altas. O caminho passa pelas montanhas e temos medo dessas montanhas e tem muitas doenças e queremos encontrar uma solução e nos aproximar de um atendimento. Se vocês dão a resposta positiva, não vamos demorar. Quero morar agora na beira do rio Marauiá onde quero morar feliz e de boa saúde. Vocês me avisam do que vocês decidirem e darem apoio. Somente isso”.

NOVOS PASSOS - A II Assembleia do povo Yanomami do Amazonas encerrou seus trabalhos, com um balanço muito positivo. As autoridades presentes da FUNAI, ICMBIO, SESAI, SEDUC e os parceiros do povo Yanomami puderam ouvir as reinvindicações das lideranças que assumem o protagonismo para a conquista e garantia dos seus direitos.

No início de ano 2012 vai ser composta uma delegação que já vai começar a organizar a III Assembleia do Povo Yanomami do Amazonas.

Para Genivaldo Baré, coordenador do departamento de Educação da FOIRN – Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro, os Yanomami mostraram que estão bastante unidos e fortes para conquistar as melhorias no atendimento às suas comunidades. “Foi muito importante essa assembleia, mesmo sendo a segunda, a discursão foi bastante interessante. As decisões tomadas foram coerentes com o conhecimento das dificuldades. Tanto na educação, quanto na saúde, todos os assuntos foram situações reais que esse povo vive, avalio muito produtiva. O que resta é que as instituições que representam o governo e que apoiam os Yanomami, que tomem essas reinvindicações e que lutem para que sejam atendidas. Devemos estar mais presentes nas discursões junto com o povo Yanomami”, disse a liderança da FOIRN, organização de base da COIAB que atua na região.

Para Carlito Yanomami, liderança da comunidade do Ixima, a Assembleia foi um momento muito especial para o povo Yanomami, que se mostrou forte, unido. “O nosso pensamento que vários assuntos deveriam ser debatidos, pois é muito difícil a situação do povo Yanomami, a saúde principalmente. Organizamos devagar essa assembleia. Há muito tempo que não reunimos várias lideranças, foi muito bom unir o nosso povo para lutar junto. Foi muita discursão, muito desabafo, todos puderam saber das realidades um dos outros. As comunidades se juntaram mesmo. Ficamos muito felizes por lutar juntos. Foi importante a presença da COIAB, da FOIRN, das organizações fortes da Amazônia, que devem levar a mensagem dos Yanomami”, disse.

Os Yanomami conseguiram se unir para marcar um posicionamento frente às ameaças ao seu território. Mais do que isso, conseguiram vencer o clarão do dia que cegava todos e assim como Horonami, o grande herói do povo, trouxeram a noite para consagrar o espírito daqueles que lutam. Que os ensinamentos do Paricá e a oração dos pajés, continuem sendo a grande força que guia os discursos das lideranças Yanomami em defesa da grande floresta. AWEI!!



DAVI KOPENAWA – A fala do Grande Líder Yanomami

“A assembleia foi muito boa, fui convidado para participar e contar a luta em defesa do nosso povo, luto pelos Yanomami. Aqui é importante para conversar mais e falar com as comunidades que ficam longe um do outro, distante mesmo. A primeira vez que muitos estão aqui, sabendo como funciona a luta em defesa dos direitos. Estamos em defesa da nossa terra, dos nossos costumes, da nossa língua, é importante para o nosso futuro, que a próxima geração continue lutando para defender o direito a caça, ao trabalho, às festas, aos rituais, esse é o nosso costume. Cuidar da nossa floresta que é a prioridade para o povo Yanomami, prioridade a terra, o rio, a floresta como nasceu, como surgiu.

Para nós é preocupante que o Governo Federal fique sempre mexendo, fique perturbando sempre, vem invadir a nossa terra, invade para poder explorar mesmo. Por isso o movimento indígena precisa lutar mesmo, trocar ideias e explicar para os novos continuarem lutando. A terra é nossa mãe. Ela que cuida da gente, que deixa nascer, que deixa crescer, nos alimenta. Nós trabalhamos, lutamos, brigamos com político, fazendo documento para FUNAI, Ministério Público, Defesa, para que todos preservem a Amazônia. Ela é uma só para os Yanomami e para todos.

Ano que vem, vamos construir um grande xapono e comemorar 20 anos de homologação da Terra Indígena Yanomami. É uma grande conquista! Essa luta foi difícil, muita gente falando. Brigamos para ter o nosso território e viver em paz. Mesmo demarcada e homologada temos muitos problemas, a invasão dos garimpeiros e os pescadores, muita gente quer explorar e usar os recursos naturais. Os políticos querem aprovar a lei da mineração em nossos territórios. Tão continuando a invadir, mas vamos lutar também, ninguém vai ficar parado de cabeça baixa, sabemos que a invasão não vai acabar, nossa luta também não.

O governo Dilma tá lutando para usar a riqueza da terra e deixam entrar os invasores. Como na terra dos parentes lá em Belo Monte. É só o começo, a entrada do trabalho do Governo Dilma. Querem explorar mesmo, esse estrago, não confio muito nisso. Ela não tá respeitando a própria Constituição Federal.

Deixo uma mensagem para os povos indígenas, nós temos que juntar e ficar unido, fazer a força. A união é nossa arma para defender a nossa terra, a nossa floresta, os rios, os peixes, as caças, os nossos costumes”.

FOTOS E TEXTO: DIEGO JANATÃ

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